Não adianta forçar as pessoas terem uma visão que não querem, e desistirem de ser marionetes em um teatro qualquer em alguma parte do mundo, teatro que é inaugurado com alegria, mas que na maioria das vezes perde a cor. As luzes se apagam, e tudo o que resta são lembranças de alguns dias de glória, que por sua vez também se apagarão. É assim, o público não se lembra de personagens mortos, infelizmente.
É estranho pensar que hoje somos o público e os atores, sendo que amanhã seremos a foto velha guardada na gaveta coberta por aquela espessa camada de poeira típica de tudo o que já não frequenta mais a mente das pessoas.
Quanto tempo deixamos fluir, sem olharmos para o lado com atenção o bastante para vermos quando alguém estende a mão? Apenas fechamos os olhos e deixamos a dor de dentro tomar todo o espaço, caramba isso não é justo, não é justo com ninguém e principalmente com nós mesmos.
Devíamos reparar no sorriso que é direcionado a nós, no abraço de quem se preocupa e na vida em volta de nós, no canto dos pássaros, no escorrer da água e no tocar do vento nas nossas faces, sem complicações. Isso deveria ser o suficiente.
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