segunda-feira, 28 de março de 2011

Lost.

Quando você descobre que pode fazer coisas diferentes do que está acostumado, você enfrenta situações que nunca imaginou estar.
É estranho como idéias que nunca te ocorreram começam a aparecer, e coisas que você imaginava estranhas soam naturais demais.
Mas enquanto sua cabeça rodopia a 50.000 Km/h, sua realidade parece ser solitária e distante de tudo.
Distante das pessoas, da realidade e dos deveres. Alguma música me pediu uma vez para não analisar tanto, mas não resisto, é parte da minha natureza analisar, ser racional demais.
A única coisa que parece se movimentar de verdade é a minha cabeça, enquanto tudo do lado de fora aparece como um borrão pouco interessante e muito cansativo.
Na vida nesse borrão que ocorre do lado de fora, há algumas risadas e palavras boas. Mas o problema está em quando isso não afeta a mente concentrada em seu próprio movimento. Agora as palavras escorrem através dos meus dedos e minha mente finalmente se acalma um pouco, mas daqui a algum tempo lá estará ela de novo.
E lá estarei sem saber o que fazer.

terça-feira, 8 de março de 2011

As luzes

As luzes, os sons, os rostos não passam de borrões nos meus olhos e zumbidos na minha cabeça.

Só conheço a rotina, as músicas não são as mesmas, o tempo não existe mais, é tudo um borrão contínuo de ações contínuas. Me pergunto quem eu deveria ser, a pessoa do sonho que não é mais idealizado?

O problema está em quando você se transforma apenas no que você faz, e se esquece de como você é, você se encontra sem rumo quando percebe que isso não é o bastante.

Queria poder ouvir uma canção de ninar, enquanto me preparava para voar e sorrir enrolada em um cobertor macio, esse era o sonho.

Mas agora estou cansada, não tenho tempo para as canções e não me ocorre mais voar, apenas fico aqui olhando para o céu, sem saber como alcançá-lo.

Mas não quero ser aquela pessoa que apenas observa a chuva cair do céu e atingir o vidro da janela sem coragem de ir lá fora e senti-la, sem preocupações, sem medo.

Quero atravessar a porta em um passo firme, decidido e conseguir aproveitar ao máximo o que há do lado de fora de mim mesma.


"Existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que perguntam o que aconteceu." John M. Richardson Jr

sexta-feira, 4 de março de 2011

Diferent things.

Hoje foi um dia diferente, é o que posso dizer no mínimo.
Posso dizer que foi um dia onde as regras sociais foram quebradas, pode não parecer muito mas foi uma coisa diferente na minha rotina, o que já é alguma coisa.
Já começamos por tocar violão dentro do metrô sentada no chão com meus amigos cantando, foi massa.
Mas a melhor parte do dia com certeza, foi a entrada de uma figura estranha na linha de ônibus 2730, calça jeans velha, blusa verde aberta na frente e chapéu de cowboy. Entrou cantando em alto e bom som músicas sertanejas horríveis, mas de um jeito tão... engraçado! Risos tímidos começavam a aparecer cada vez mais, até que em um certo momento alguns já estavam cantando junto e conversando com o moço, todos já riam e ajudavam em algumas músicas, principalmente no hino do Cruzeiro (o qual eu também ajudei). O ônibus virou algo do tipo de uma grande família, nunca vi nada parecido em minhas experiências em transporte público!



Depois de algum tempo ele começou a "filosofar", dizendo que não adiantava nada não ter bom humor e brigar com a própria sombra, pois assim você não chega a lugar algum, entre outras coisas bacanas.

São pessoas assim que eu chamo de Vendedores de Sonhos (você vai entender melhor se ler o livro O vendedor de sonhos, que eu super recomendo), mas basicamente são aquelas pessoas que conseguem passar algo de bom para as outras e usando as formas mais simples ou inusitadas.

OBS.: O que você pode concluir dessa postagem? Bem, transporte público é o que há.