terça-feira, 30 de agosto de 2011

Branco, folha e tinta.


Uma página em branco.
Poucas coisas podem ser mais assustadoras do que uma página em branco, a incógnita do que será escrito e todas essas coisas de quem não tem controle sobre as próprias palavras.
A vida é uma página em branco: não sabemos o que virá na próxima linha, apenas sabemos que o que foi escrito na linha de cima não pode ser apagado.
Podemos fazer ilustrações nessa página em branco, afinal, é isso que as pessoas fazem. Elas olham para as imagens e não ligam para o conteúdo por mais que digam o contrário.
Podemos juntar as páginas meio escritas, meio desenhadas para que a história se complete efetivamente, ou podemos fazer nossa história apenas citando os nomes de todos aqueles que passam por nossa vida.
O nome de algumas pessoas se desbotarão com o tempo, mas se forem realmente importantes jamais serão apagadas da mente de quem escreveu, de quem viveu nas linhas.
Essa página em branco pode ser ocupada de boas lembranças, mas ao mesmo tempo em algumas páginas as lágrimas que se derramaram estarão marcadas borrando a tinta que repousa sobre o papel, como se fosse a folha fosse eterna, como se pudesse ser.
Tahiane Libório.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sorry.


Porque você faz isso comigo?
Sei que a culpa não é sua, mas me sinto tão sozinha. Gostaria de te ter aqui, apenas você. Sem futilidades, gostaria de ter seu espírito aqui, para me abraçar com apenas um sorriso.
Sinto saudades, muitas saudades.
Me desculpe se não te procuro mais como antes, talvez eu tenha me acostumado com a minha solidão, por favor não deixe que isso continue.
É como se tudo tivesse desabado e tivéssemos nos tornando pessoas estranhas, acredito que não podemos deixar a vida fazer isso conosco, mas não consigo pensar em uma saída quando penso que seu olhar fica a cada vez mais frio e sua cabeça mais distante. Me desculpe se não pude ser o suficiente, mas é que você estava tão longe, agora seus interesses são outros mas as lágrimas não querem deixar de cair.
Me desculpe se tenho sido fria com você, é que não sei me comportar ou expressar. Exatamente por isso eu escrevo, é a minha melhor forma de expressão.
Me desculpe por te preocupar mais ainda, você tem seus problemas. Me desculpe, sinto sua falta.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Plenitude, castelos e máscaras.


E novamente a sensação de asfixia.
A prisão do cotidiano, dos tons de cinza que ofuscam todos os sorrisos que ao se tornar lembranças parecem estranhamente vazios.
Os castelos que todos construíram parecem-me muito frágeis, a máscara com que se escondem me fazem pensar se são felizes. Não ouso perguntar, negariam qualquer coisa que deixasse a máscara deslizar nem que fosse um centímetro pelo rosto.
Mas isso diz respeito apenas a elas, não tenho nada a ver com isso.
Eu e essa mania de analisar tudo, mas não posso me queixar: ao menos tenho opiniões. E vontades.
Vontades de viver tudo aquilo que não consigo, tudo que gostaria, a plenitude. Mas é tudo tão temporário, e isso me assusta mais uma vez.
Só me resta que os sonhos tragam o que eu gostaria que fosse realidade.