domingo, 17 de abril de 2011

Just say.


Olhar para o espelho e não gostar do que vê, é uma sensação no mínimo, estranha.
E isso não tem exatamente a ver com os traços do rosto, mas sim com o brilho dos olhos,
não se reconhecer é assustador.
É o que posso dizer.
A falta de coisas concretas me faz querer gritar, um grito repleto de ecos e ainda assim inaudível.
Não reconhecer as pessoas que você ama, como sendo apenas elas mesmas também me assusta.
Muita coisa me assusta, talvez isso faça de mim uma garota frágil, ou não.
Em certos momentos chego a ter raiva do que elas se tornaram, se tornaram borrões delas mesmas, um fraco reflexo do que realmente são, seriam mais felizes dessa maneira?
Eu não gostaria de me tornar uma lembrança de mim mesma só para fingir ser mais feliz, isso não sou eu, simplesmente não consigo. Ou sou, ou não sou. Ou estou, ou não estou.
Não gosto de meios termos, mesmo sendo o retrato deles.
Mas a raiva não resiste por tanto tempo quanto poderia, e acabo voltando a me conformar com as pessoas, pois como dizem gasta-se menos energia em tolerar as pessoas do que em mudá-las.

"O pensamento é livre." Marcus Cícero