quarta-feira, 27 de março de 2013

E se?


Não é raro nos surpreendermos pensando "para onde esse mundo está indo?".

Nos adiantamos logo em apontar o dedo para os outros, e prontamente os acusar pelas próprias imperfeições.

Chamamos o vizinho de egoísta, o colega de trabalho de ignorante ou atacamos até mesmo pessoas que nem mesmo conhecemos por simples discordância e não compreensão de realidades diferentes da nossa.

Hoje vemos pessoas se acusarem sem nem mesmo ouvir o outro lado da história.

Pessoas tão presas em seus dogmas que não enxergam o que está abaixo do nariz e se contentam em classificar qualquer um que exponha uma opinião diferenciada de "pessoa que quer chamar atenção" ou "desconhecedor da verdade".

Que verdade? A que tem aprisionado o ser humano desde seu surgimento? A verdade da cegueira e da falta de pensamento crítico?

Essa nunca nos levou a grandes mudanças, e consequentemente, nunca nos trouxe melhorias.

O mundo está tão acostumado em ser conformado, que qualquer um que ultrapasse a linha da suposta normalidade se torna adversário.

Pense a que ponto chegamos, vemos como adversários pessoas que devíamos considerar como irmãos.

Não falo isso de um ponto de vista estritamente religioso, e sim um que engloba os direitos de todo ser humano e visa o bem comum.

E se? 

Todos saíssem de suas bolhas?

Todos olhassem para os lados sem pretensão e apenas observassem o semelhante sem todas as camadas de preconceito?

Todos se dispusessem a se ajudar?

E se...

Sabemos que o mundo está longe de ser um lugar perfeito. 

Mas e se cada um começasse a sair de seu mundinho? E observasse que todos precisam mais de compreensão e amor e menos de um carro novo, ou do último tablet?

Não podemos ser pessoas perfeitas para o mundo.

Mas podemos ser a melhor versão de nós mesmos, e isso sim, é um começo.


domingo, 17 de março de 2013

Não sei falar de amor


Não sei falar de amor.

Não sei como explicar, eu simplesmente não consigo. Gostaria de poder escrever sobre as mãos que se encostam, os olhos que brilham, o coração que pulsa... Essas coisas que todos bem conhecem.

Queria, mas sinceramente não sei.

Depois de ver tantos com o dom da palavra aliado ao dom do sentimento e as lindas obras que surgiram dessa combinação, não deixo de me sentir  impotente diante de certas palavras, e dessa sensação de não saber como combiná-las.

Talvez apenas não seja a hora, o poeta escreve sobre o que bem sabe. É o que dizem.

Não adianta, nada soará verdadeiro enquanto eu não vivê-lo, enquanto eu não sair da plateia ou de trás das cortinas.

Jamais as metáforas se tornarão vivas e jamais alguém se identificará, pelo simples fato de não ser verdadeiro.

Nem me disponho a escrever sobre o cara perfeito e inexistente que se apaixona pela garota sem nada de especial, isso não é amor apesar de tratarem como tal, e sim algumas relações de dependência e manipulação de clichês. Estou farta dessas histórias, estou farta da falta de nuances e de toda essa massificação de uma coisa tão bonita, como os bons sentimentos.

Acho que o amor é mais simples e também mais complicado, é sereno apesar das tormentas e é eterno apesar de sê-lo por apenas um momento.

Acho que é maior do que tudo o que andam falando por aí, apesar de ser mais simples do que as pessoas insistem em pensar. E não é por ser simples que ele se torna fácil.

O amor é difícil, pois ele sempre envolve abrir mão.

Abrir mão não só de coisas ou situações, mas abrir mão de si próprio. Do próprio orgulho e do próprio egoísmo.

Acho que no final das contas o amor envolve, principalmente, compartilhar.

Compartilhar o próprio amor. Compartilhar sorrisos, sofrimentos, pensamentos e além de tudo, tempo.

Ainda não sei falar sobre romances e não sei falar de amor.

Só sei tentar.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Gente


Gente que inspira.

Gente que faz sorrir.

Gente que é diferente.

Gente que vive por amor.

Gente que te faz acreditar.

Gente que faz o mundo mais leve.

Gente que não vive só por dinheiro.

Gente que é capaz de olhar além de si mesmo.

Gente que não precisa falar o tempo todo sem dizer nada.

É o que o mundo precisa: Gente melhor.

Pessoas que são capazes de olhar e ver algo além, capazes de ouvir! Pessoas leves, de sorriso fácil, gente que pensa ao invés de apenas falar e gente que faz ao invés de apenas dizer...
O mundo precisa de pessoas que acreditam em sonhos ao invés da TV; que tomem atitudes inteligentes, mas nem por isso egoístas.
Pessoas que sorriem, sentem e não deixam o modo automático controlar suas vidas.
Pessoas fiéis a si mesmo e fiéis ao mundo.
É o que falta... gente que importa e se importa.