segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Onde está o amor?

The Promenade, 1876. Pierre-August Renoir

Frase que chove em meus ouvidos: Onde está o amor?
Muitos se perguntam, poucos respondem e menos ainda entendem.
Em era de auto-amor em alta, todos se amam. Ou se mostram. Tudo bem, todos querem se sentir amados.
Mas o que isso significa?
E debates se levantam por todos os lados: em bares, quartos, comentários na internet, embaixo de marquises ou de estrelas. O que é o amor?
Na verdade, não sabemos onde está e, muitas vezes, nem mesmo o que é.
Por vezes nos invade. Foge. Ri da nossa cara. O provável é que se fantasie como uma criança travessa que se esconde em algum lugar logo abaixo do nosso nariz, mas simplesmente não conseguimos encontrar.
Essa coisa toda de amor, anda muito confusa na verdade.
Andam confundindo paixão e amor. Romance e amor. Um lance e amor.
Sabe o que eu acho mesmo?
O amor é mais. Ele transcende o tempo, o espaço, a saudade, a intolerância, a solidão e tudo mais o que você quiser encaixar nessas linhas.
Não acho que devamos o encarar como propriedade dos amantes. Ele nos pertence. Sim, a todos que se abrirem a ele.
E lá está em cada sorriso, em cada amparo, em cada palavra de apoio, a cada renúncia e a cada descoberta. Seja a descoberta de você, do outro, da vida, ou do sentido de tudo.
Seja entre braços, abraços, amigos ou amassos. Não importa: se você sorrir para o amor, ele te sorrirá de volta.