domingo, 17 de fevereiro de 2013

Chuva de subjetivos


Me levanto da cama, ando de um lado ao outro, como se precisasse ir a algum lugar.

Na verdade se nem tenho consciência de onde realmente estou, como poderia saber para onde vou?

Tudo o que me ocorre é pegar a caneta e começar a rabiscar qualquer coisa sobre a folha de papel em cima da mesa.

Chove lá fora. Chove aqui dentro.

Não dentro da casa, dentro de mim.

Eu tinha um sonho, em que poderia voar para fora de mim. Mas não foi bem assim.

Agora não sei por onde eu devo ir ou quem devo ser.

Os caminhos precisam ser determinados.

Antes que eu me torne a patética figura solitária, a de lágrimas nos olhos, caneta na mão e sonhos na imaginação.

Seria bom se todos os dias fossem como aqueles em que acreditamos que podemos tocar as estrelas com nossas próprias mãos e abraçar o mundo para que ele não se esqueça de si mesmo!

Porém, nesse momento sinto que estou desaparecendo no mundo em que tentava abraçar.

Agora o que me resta é fechar os olhos... Não deixar que assim seja.

E lembrar-me de que toda luta começa dentro de nós.



domingo, 3 de fevereiro de 2013

Em memória a um grande amigo


Até onde vai a maldade do ser humano?
Assassinaram meu melhor amigo, o único que demonstrou amor puro, sem nada em troca. Aquele que trouxe a alegria para mim, para minha casa. Envenenaram o membro mais sincero da minha família. Espero guardar em mim apenas as lembranças de suas travessuras e do seu olhar, que sempre dizia muito mesmo no silêncio.
Mas o olhar que mais me disse, foi quando o encontrei agonizando e vi seu claro e grande esforço em levantar seu rosto para olhar para mim, foi como se tivesse escrito em seus olhos "Eu te amo" e "Me ajude". Nunca me esquecerei dessa cena, nunca.
E depois, a última vez que o vi ele parecia uma massa mole, sem a vida que anteriormente transbordava nele, sem conseguir focar os olhos em nada e babando, me doeu e me dói repassar a cena. Porquê?
Foi às pressas para o veterinário, e esperei, pois a esperança é a última que morre. E ela morreu, nessa tarde de domingo junto com o meu amiguinho, meu irmãozinho. Agora só peço para que cuidem dele do outro lado da vida.
Mais uma vítima da falta de racionalidade humana, da monstruosidade. Ele se foi com maior dignidade do que quem fez isso com ele jamais teve.
Mais uma vez o ser humano fazendo de seu mundo um lugar injusto, mas o que ele não percebe que ele é o injusto e o equivocado.
Vou sentir falta das recepções calorosas, do roubo de comida na cozinha e principalmente, vou sentir falta de te amar, meu anjinho negro, Sirius.