terça-feira, 30 de agosto de 2011

Branco, folha e tinta.


Uma página em branco.
Poucas coisas podem ser mais assustadoras do que uma página em branco, a incógnita do que será escrito e todas essas coisas de quem não tem controle sobre as próprias palavras.
A vida é uma página em branco: não sabemos o que virá na próxima linha, apenas sabemos que o que foi escrito na linha de cima não pode ser apagado.
Podemos fazer ilustrações nessa página em branco, afinal, é isso que as pessoas fazem. Elas olham para as imagens e não ligam para o conteúdo por mais que digam o contrário.
Podemos juntar as páginas meio escritas, meio desenhadas para que a história se complete efetivamente, ou podemos fazer nossa história apenas citando os nomes de todos aqueles que passam por nossa vida.
O nome de algumas pessoas se desbotarão com o tempo, mas se forem realmente importantes jamais serão apagadas da mente de quem escreveu, de quem viveu nas linhas.
Essa página em branco pode ser ocupada de boas lembranças, mas ao mesmo tempo em algumas páginas as lágrimas que se derramaram estarão marcadas borrando a tinta que repousa sobre o papel, como se fosse a folha fosse eterna, como se pudesse ser.
Tahiane Libório.

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