domingo, 23 de março de 2014

Liberdade, casulos e perguntas

                                                    
                                                  Steve Schapiro, Three Men, New York, 1961                    

Tanta coisa se passou e fez com que chegássemos aqui.

A vida é tão engraçada não é mesmo?

A verdade, é que ela me assombra.

E acabo na mesma, possuidora da eterna dúvida do motivo de tudo isso.

Estamos todos soltos (ou não?) num mar de circunstâncias, índoles e pessoas.

E as pessoas... estão tão soltas, que não sabemos até quando estaremos com elas. Tanta gente já passou pela minha e pela sua vida. Não é insano o quanto deixamos as circunstâncias nos dominar?

Quantas pessoas especiais percorreram o caminho conosco em algum ponto, e nós simplesmente nos perdemos delas?

Um paradoxo está justamente no fato de não as perdermos de vista, na ilusão de que ainda as temos por meio de contatos rasos, as acompanhando de longe através de atualizações de momentos congelados no tempo e no espaço.

Besteira.

Isso é apenas um pretexto usado por quem se distancia do mundo real e mergulha nas relações construídas por imagens e hipocrisia, se esquecendo que o mundo está do lado de fora da janela.

Mas não pense que tudo é fácil para quem está do lado de fora, vivendo de verdade. É, por vezes, mais difícil do que viver no conto de fadas da imagem sem nenhuma história.

Mas tenha certeza que sair do casulo é o que há de mais gratificante na vida de um ser humano, mesmo que haja medo e surjam todas as interrogações de quem se propõe a questionar.

Quem questiona se liberta, e um dia encontra a resposta.

Conhecer o significado da liberdade. É o que desejo a mim, a você, a nós.




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