segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Tempo e indiferenças


Um ônibus em um dia quente, muito quente. O sol castigava a todos e ela não via a hora de finalmente chegar em casa, foi exatamente na hora em que se levantou e se deparou com sua primeira amiga, a garota que mora em frente à sua casa e com quem compartilhou as grandes brincadeiras na infância. Pena queque nem tiveram coragem de se olhar e quem dirá de se cumprimentar. Por quê?
Não se olharam no momento em que desceram e nem enquanto caminhavam, houve apenas o silêncio e a indiferença. Como pode a vida dar tantas voltas? As mesmas garotas que um dia fizeram planos, correram por aí e compartilharam segredos hoje são pessoas completamente diferentes e indiferentes. A pergunta é: Como isso foi acontecer? Como a cumplicidade se tornou o silêncio constrangido? Hoje provavelmente elas são pessoas incompatíveis, mas um dia estiveram próximas o bastante para uma fazer parte da vida da outra.
Se tornaram desconhecidas silenciosas, que nem sabem em que direção olhar quando seus olhos correm risco de se esbarrar. Mas tudo bem, esse é o caráter mutante e efêmero da vida, o que é real hoje pode simplesmente se dissipar amanhã. Nunca sabemos se o nosso melhor amigo hoje vai ser o melhor amigo de sempre ou para sempre.
Odeio histórias de indiferença, é uma pena eu estar nessa.

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