sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Brevemente perdidos



Sempre existem aqueles momentos estranhos em que o ar parece ser composto por outras substâncias. Quando parece ser mais respirável, não sei explicar muito bem.

Quando uma música que você já ouviu milhões de vezes de repente é capaz de te fazer chorar,

quando uma coisa que você nunca colocou fé se mostra uma coisa indispensável para você,

quando a serenidade toma conta do seu corpo e te faz sentir mais leve.

São esses momentos de falta de realidade, ou realidade aumentada (não sei dizer ao certo) que te fazem navegar em mares de possibilidades. E são nessas horas que os sonhos se apresentam de uma forma diferente da que estamos acostumados, afinal, eles parecem mais próximos, é como se pudéssemos tocá-los enquanto nossos pés não tocam o chão.
Brevemente perdidos em nós mesmos, flashes de cenas que já passaram, cenas imaginadas para o futuro. Coisas inexplicáveis, só nossas.

Em meio à multidão você se sente um ser extra terrestre vendo beleza em tudo, e principalmente nas pessoas.

Elas sentadas e conversando, elas choram e elas rezam. Tudo é tão repleto de significado, enquanto isso o desprezamos, parte fundamental: o significado. Todo momento é tão precioso, é um dia tão perfeito...

As lágrimas, nesse meio tempo, brotaram algumas vezes e estancaram-se. Elas não são de tristeza mas também são são propriamente de alegria, são apenas lágrimas. Sinceras e silenciosas lágrimas.
"A decisão era deixar o mundo melhor do que ela o havia encontrado." Virginia Woolf

Um comentário:

  1. Obrigado pelos elogios!

    É incrível como ficamos sensíveis em momentos varidos. Músicas, situações, poemas ou simples aperto de mão podem variar de intensidade no simples amanhecer diferente, né?

    :))

    ResponderExcluir